A taxa Selic é um dos termos mais usados no mundo financeiro, mas muitas pessoas ainda não entendem bem o que ela significa.
Basicamente, a taxa Selic é a taxa de juros básicos da economia brasileira, ou seja, é o índice que serve como referência para todas as outras taxas de juros praticadas no país.
O termo Selic, que é uma sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é utilizada pelo Banco Central do Brasil com o objetivo de regular a taxa de juros da economia.
A taxa Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), que se reúne a cada 45 dias para analisar a situação econômica do país e definir qual será a taxa.
Ela é uma ferramenta importante para o controle da garantia, uma vez que ela afeta diretamente o custo do dinheiro no mercado financeiro.
Como é utilizada a taxa SELIC
Muitas transações financeiras a usam como referência, como empréstimos, financiamentos e investimentos.
Ela é utilizada como forma de controlar a inflação, que é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Quando a inflação está alta, o COPOM aumenta a taxa Selic para reduzir o consumo e controlar os preços dos produtos e serviços.
Por outro lado, quando a inflação está baixa, o COPOM pode reduzir a taxa Selic para estimular o consumo e aquecer a economia.
Com a redução da taxa Selic, os empréstimos e financiamentos ficam mais baratos, o que estimula o consumo e o investimento na economia.
Os investimentos em renda fixa, como os títulos públicos do Tesouro Direto e os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), também utilizam a taxa Selic como referência.
Quando a taxa Selic está alta, esses investimentos tendem a ser mais rentáveis, e quando está baixa, esses investimentos perdem rentabilidade.
COPOM
Os membros do Banco Central do Brasil formam o COPOM (Comitê de Política Monetária), que é responsável por tomar decisões sobre a política monetária do país.
O mercado financeiro e a sociedade em geral acompanham de perto as reuniões do COPOM, que acontecem oito vezes por ano.
Isso porque a decisão do comitê em relação à taxa Selic pode ter impacto direto na economia como um todo.
Durante as reuniões do COPOM, os membros avaliam diversos indicadores, como a confiança, o PIB (Produto Interno Bruto), o mercado de trabalho, a balança comercial, entre outros.
Com base nessas informações, o comitê define uma taxa de juros que será praticada nos próximos dias, meses ou até os mesmos anos.
Por que a taxa SELIC sobe ou desce?
Um dos principais fatores que afetem é a inflação.
Quando a inflação está alta, o COPOM tende a aumentar a taxa Selic para conter a demanda e reduzir a pressão inflacionária.
Por outro lado, quando a inflação está baixa, o COPOM pode reduzir a taxa Selic para estimular a economia.
Outro fator que influencia é o nível de atividade econômica.
Quando a economia está aquecida e há uma demanda maior por crédito, o COPOM pode aumentar a Selic para evitar um aumento da inflação.
Porém, quando a economia está fraca e há pouco interesse pelo crédito, o COPOM pode reduzir a Selic para estimular a atividade econômica.
Além desses fatores, as condições financeiras globais também podem influenciar a taxa Selic.
Em momentos de crise econômica ou instabilidade financeira internacional, o COPOM pode aumentar a taxa Selic para proteger a economia brasileira.
Porém, em momentos de estabilidade financeira global, o COPOM pode reduzir a taxa Selic para estimular a atividade econômica.
Como definir investimentos com SELIC alta e baixa
Para quem busca investimentos em momentos de Selic alta, a renda fixa é a opção mais segura e com rentabilidade mais atrativa.
Os títulos do Tesouro Direto, por exemplo, podem oferecer uma rentabilidade superior a 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) em alguns casos.
Além disso, os CDBs e LCIs também podem ser boas opções, especialmente os títulos com prazos mais longos e rendimentos pós-fixados.
Já em períodos de Selic baixa, é preciso buscar investimentos mais arriscados para obter maior rentabilidade.
Nesse cenário, ações, fundos imobiliários e fundos multimercado são opções interessantes, já que possuem potencial de valorização maior do que os investimentos em renda fixa.
Como acompanhar a SELIC
Existem diversas formas de acompanhar a Selic. Uma delas é através dos veículos de comunicação, como jornais, sites de notícias e televisão, que costumam divulgar as mudanças na Selic.
Além disso, o Banco Central disponibiliza informações atualizadas sobre a Selic em seu site oficial.
Outra forma de acompanhar o Selic é através das instituições financeiras.
Os bancos e corretoras costumam enviar comunicados aos seus clientes informando como as mudanças na taxa e como elas podem afetar os investimentos.
Uma dica para quem deseja acompanhar a Selic de perto é criar alertas em aplicativos de finanças ou nos sites das instituições financeiras.
Dessa forma, é possível receber notificações sempre que houver alguma mudança na taxa Selic.
Conclusão
Em conclusão, a taxa Selic é um indicador de extrema importância para o mercado financeiro e para a economia do país como um todo.
As taxas de juros cobradas pelos bancos em empréstimos e financiamentos, bem como a rentabilidade de diversos tipos de investimentos, são determinadas a partir dela.
A compreensão dos fatores que influenciam a variação da Selic e o acompanhamento de sua evolução ao longo do tempo são fundamentais para os investidores que desejam tomar decisões mais assertivas na hora de aplicar seu dinheiro.
Por fim, é essencial que os investidores estejam sempre atualizados sobre as mudanças na taxa Selic e nas condições do mercado, para que possam tomar decisões corretas sobre seus investimentos.